segunda-feira, 1 de maio de 2017

FC PEDRAS RUBRAS 3 (Niang, Souffo) - CD Bragança 3

O nosso Pedras empatou ontem 3-3 com o Bragança. Não se adivinhava um jogo fácil uma vez que o Bragança tinha mudado de treinador e sabia que esta era um final depois de três derrotas consecutivas que lhe tinham retirado toda a margem de erro com que tinha iniciado esta fase. E não foi um jogo fácil por mérito do Bragança, mas sobretudo por erros da nossa equipa e más decisões do trio de arbitragem.

Depois de termos chegado à vantagem, num jogo até aí equilibrado, a nossa equipa devia ter explorado o golpe psicológico que esse golo causou no Bragança e procurado ampliar a vantagem (evitar o que tinha acontecido com o Caniçal, em que uma vantagem por 1-0 transformou-se num derrota caseira por 1-2). No entanto, o Bragança foi pegando nas rédeas do jogo. Quando a nossa equipa procurava subir encontrava, quase sempre, um Niang a lutar com vários defesas e sem apoio próximo. O Bragança chegou ao empate ainda na primeira parte, depois de uma boa combinação ofensiva pela esquerda.

Ao intervalo, substituição do apagado Gomis pelo Messi.

Na segunda parte, dois erros defensivos da nossa equipa e um penalty não assinalado a nosso favor por falta sobre o incansável Niang permitiram ao Bragança dar a volta ao marcador e ampliar a vantagem. O 1-3 foi completamente contra a corrente do jogo, sobretudo devido à entrada alguns minutos antes do Bruno Silva, que, jogando com o Niang, veio dar outro peso e contundência ao nosso ataque.

Quando tudo parecia perdido para a maior parte da assistência, eis que se viu o melhor da nossa equipa, algo que felizmente tem sido um traço distintivo deste clube nos últimos anos. A equipa não desistiu, uniu-se ainda mais, lutou por cada bola como se fosse a última e, com muita justiça, conseguiu reduzir para 2-3, por intermédio do Niang, e na última jogada conseguiu chegar à igualdade pelo central Souffo, que nos últimos minutos foi para a frente dar ainda mais peso a esse ataque final à baliza do Bragança. Como tinha dito quando estava 1-3, "não acabou" e, felizmente, para os jogadores também não tinha acabado. E, por essa atitude, tiveram o justo prémio.

Foi um ponto que pode a revelar-se decisivo nas contas da manutenção, mas é preciso dar tudo, como se deu nesses minutos finais, nestas duas últimas jornadas: Caniçal fora e Camacha em casa.



Três notas finais:

a) defendo sempre que o mais importante para evoluir é olhar para dentro, perceber onde se errou e corrigir. Mais do que procurar fatores externos, que é típico no futebol português do mais alto nível ao mais baixo. Isto não quer dizer que não se fale de quando esses fatores prejudicam e tem influência clara nos resultados. E ontem a arbitragem podia ter ditado a derrota do Pedras Rubras.

b) é difícil fazer com que uma equipa tenha sempre os índices de "agressividade" positiva altos ao longo de todos os jogos e ao longo dos 90 e tal minutos de cada um desses jogos, mas é importante treinar ao máximo esse aspecto. Muitas vezes, a nossa equipa prejudica-se a si própria porque se deixa cair em períodos de maior apatia. Ontem, não há comparação entre o início da segunda parte e o final da mesma, por exemplo.

c) Parabéns ao grupo por essa atitude final neste jogo (que contrabalança esses períodos menos bons) e pedir que a prolongue nestes últimos dois jogos. Não foi uma época fácil, sobretudo depois de uma época a jogar uma fase de subida, mas a equipa tem sabido unir-se e lutar.

Abraço.

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