domingo, 2 de setembro de 2012

AD Oliveirense 1 - FC PEDRAS RUBRAS 0


F. C. de PEDRAS RUBRAS: Humberto, Abílio, Tó, Fernando, Pacheco, Alex, A. Oliveira, Fonseca, Carlitos II, Ricardinho e Biscoito. Entraram na 2.ª parte Kisley, Moura e Magalhães.

O Pedras Rubras estreou-se com uma derrota por 1-0 na III Divisão Série B, resultado que reflecte, sobretudo, uma exibição apagada da nossa equipa mas também a dualidade de critérios do trio de arbitragem.
Numa análise fria e objectiva, tem de se dizer que a atitude da equipa deixou muito a desejar na primeira parte. Muito tímida, a dar total controlo do jogo ao adversário e muito tempo para os jogadores da casa decidirem o que fazer à bola. As saídas em contra-ataque foram, também, praticamente inexistentes. O grande calor que se fazia sentir não pode desculpar a lentidão de alguns jogadores na disputa dos lances. Embora dominando o jogo, a Oliveirense também não mostrava grande arte para perigar a baliza do Humberto e contrariar a boa postura da nossa dupla de centrais, sempre atenta e eficaz. Ao intervalo, o nulo espelhava, por um lado, um P. Rubras receoso e pouco ambicioso e, por outro lado, uma Oliveirense com pouca arte para aproveitar o domínio territorial e a maior posse de bola. Por sua vez, a arbitragem suscitava já algum desconforto, pelos foras-de-jogo que o fiscal de linha não assinalava aos avançados locais e por um segundo amarelo que ficou por mostrar a um jogador da Oliveirense, por impedir uma jogada prometedora de contra-ataque.
 O intervalo fez bem aos nossos jogadores. Percebendo que o adversário estava ao seu alcance e libertando-se da timidez, começaram a mostrar um futebol mais ligado e objectivo. As entradas a meio da segunda parte do Kisley e do Moura, por troca com o A. Oliveira e o Ricardo, consolidaram essa boa resposta mas, precisamente, quando o jogo estava perfeitamente controlado, uma saída rápida da Oliveirense pela direita, com longa abertura a rasgar nas costas da nossa defesa, levou a uma eventual falta do Pacheco sobre um jogador local e à expulsão com vermelho directo. Estou muito longe para perceber se há falta ou não, mas o que posso dizer é que o Humberto chegaria primeiro à bola e, por essa razão, mesmo assinalando a falta, a punição podia ficar por um cartão amarelo. O problema deste lance residiu no muito espaço que se estava a dar nas laterais. Havia uma preocupação, do meu ponto de vista excessiva, em se fechar no meio e as alas ficavam, muitas vezes, desprotegidas.
Como é natural, a expulsão matou o nosso domínio e deu moral à Oliveirense para pressionar e conseguir os três pontos. O golo surgiu já perto do fim, mais uma vez com origem no muito espaço que se deu na lateral. O extremo teve tempo para penetrar na área e descobrir um colega que rematou sem hipóteses para o Humberto, já depois de duas bolas à barra e um bom par de intervenções do nosso guarda-redes.
Com aquela ânsia de dar tudo em busca do golo do empate, o quase sempre desacompanhado Biscoito acabou por meter a mão à bola numa jogada em que, muito pressionado, procurou dominar a mesma e, com a sua objectividade, partir para a baliza. Foi um lance precipitado, mas perfeitamente compreensível num jogador que dá tudo e nunca desiste. Vai-nos fazer muita falta no(s) próximo(s) jogos. A amostragem do segundo amarelo também é questionável. Podia, perfeitamente, ter ficado no bolso do árbitro. Embora com 9, os jogadores do Pedras Rubras nunca deixaram de lutar, mas o jogo estava perdido.
Em síntese:
- como tinha dito no jogo da taça, se o Pedras Rubras quiser deixar uma marca positiva nesta 3.ª Série B tem de entrar com uma atitude muito mais forte e activa nos jogos. Não esperar o que o jogo dá, mas fazer do jogo o que se quer. Na segunda parte já se viu um pouco mais isso.
- não se pode dar o espaço nas alas que se deu em vários períodos do jogo.
- a equipa tem de ser forte ao ponto de minimizar o impacto dos erros de arbitragem. Não é uma boa filosofia procurar nas arbitragens as razões dos insucessos.
-  o treinador é que trabalha diariamente com o grupo, mas como mero adepto custa ver, por exemplo, o Kisley no banco.
Críticas que, espero, sejam vistas de forma construtiva, como é sempre a minha intenção. Do que me é dado a ver, nos jogos, aprecio a forma como este treinador está em campo, o diálogo que trava com os jogadores. O grupo é unido e há atletas com a qualidade que se conhece, como o Biscoito, o Tó, o Fernando, o Alex, o Carlitos, entre outros. Em suma, há todas as condições para o sucesso, cujo caminho será de novo trilhado com uma vitória sobre o Marítimo da Graciosa. Assim se espera.

Abraço.

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