Ao intervalo: 0-0
O nosso Pedras conseguiu ontem o feito de regressar aos nacionais e ingressar no Campeonato Nacional de Seniores, a terceira prova futebolística nacional. Antes de falarmos desse feito, vamos ao jogo de ontem. Num estádio muito bem composto de público, ou não tivesse o Oliveira do Douro aberto as portas aos seus sócios, simpatizantes e moradores da freguesia, não faltou também apoio à nossa equipa, com cerca de 100 pedra rubrenses a fazer ouvir a sua voz e a dar uma dose de energia extra aos jogadores.
O treinador António Pedro esteve bem, apresentando uma equipa mais experiente, com a presença do André Oliveira e do Henrique, e uma equipa mentalizada para disputar o jogo sem se remeter à defensiva. A primeira parte foi muito disputada, mas duas distrações podiam ter custado caro. Primeiro, uma desmarcação nas costas do Magalhães permitiu a um avançado do Oliveira do Douro isolar-se e rematar rasteiro a rasar o poste. Mais tarde, uma bola ao poste. Ao intervalo, o 0-0 era simpático. Na segunda parte, o Pedras Rubras entrou melhor e assumiu o domínio das operações. Aos 65 minutos, numa jogada pela direita, o Abílio rematou e a bola foi travada, dentro da área, pelo braço de um adversário, que saltou completamente com os braços estendidos, para cobrir mais espaço. Grande penalidade bem assinalada pelo fiscal de linha que, até aí, parecia estar a ser caseiro. Encarregado de marcar, o João Jesus deitou a pressão para trás das costas e, com grande frieza e mestria, abriu o marcador e a festa da subida. O golo desorientou o Oliveira do Douro e o jogo ficou nas mãos da nossa equipa que, depois de um calafrio, acabou com todas as dúvidas com mais um tento do nosso jovem central goleador, o qual de cabeça, ao segundo poste, arrumou com a questão aos 82 minutos. A partir daí, o Pedras podia ter chegado ao terceiro golo.
O jogo chegou ao fim e teve início a merecidíssima festa deste magnífico grupo. Os meus parabéns e agradecimentos pela alegria que proporcionaram aos sócios. Ao longo da época, aparte raros momentos, apresentaram um enorme querer que os levou até aqui. A união esteve sempre presente, o espírito de família foi crucial, a liderança excepcional. Quando as equipas e os jogadores não estão bem deve-se criticar. Quando lutam como lutaram, quando sentem a camisola como o sentiram, são merecedores de todos os elogios. Para mim, este torna-se o maior feito do clube, em virtude da forma como foi conseguido: com muitos jogadores jovens, com alguns jogadores exemplo da casa e contra muita coisa, e tendo culminado na conquista da subida no terreno de um adversário directo.
Numa mensagem anterior, tinha escrito:
Em Maio de 2001 foi assim... e eles ficaram na História do clube
Hoje, é com muita alegria que escrevo:
Em Junho de 2014 este grupo fica na História do clube:
Abraço.
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